FIBRA: protagonismo do cidadão        


     Vibração máxima pela pré-estréia do documentário Fibra, dos jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger da produtora Doc Dois em março. Especialmente para o Revitalizando Culturas que tem como uma de suas rotinas estimular o desenvolvimento da cultura das pessoas com deficiência, tanto mentais quanto físicas. Fibra é uma obra que faltava para mostrar aos contemporâneos que as pessoas com deficiência podem ser protagonistas daquele tripé fundante de toda a revitalização cultural:  a autoestima, a autossustentação e, especialmente, o exercício da autonomia. 

O documentário revela de um lado a sabedoria dessas pessoas e suas capacidades de autodeterminação e inventividade, ao mesmo tempo em que mostra o viés ético dos jornalistas. De fato, segundo declararam à imprensa, alegam que a partir de vivências e entrevistas com o grupo, perceberam o protagonismo daquelas pessoas com deficiência mental, mudaram totalmente o roteiro de Fibra. Assim, roteirizaram suas histórias de vida e de organização em vista de um desenvolvimento pleno de todas as suas capacidades. 

Dizia Proust que a revolução não está em criar algo de novo mas em revolucionar o nosso olhar para as mesmas realidades mas com uma nova ótica.
     
 Parabéns aos jornalistas que um dia estiveram também aqui em nossas salas de aula no campus Pedra Branca da Unisul. Esse tipo de jornalismo inscreve-se na linha pedagógica de educação libertadora de Paulo Freire quando falava que toda obra científica tem direito a ser biocrática. Fibra está nessa lista.




     Na foto: Juliana Kroeger e Fernando Evangelista. Produtores do FIBRA.

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